Em tempos de obrigação de ser politicamente correta, tenho a declarar que a minha paciência anda cheia. Depois de uma batalha verbal nacional nas eleições para presidente onde heroicamente me mantive de boca fechada para não me irritar mais, saio por uns dias, ao voltar o impacto da realidade do país me atinge e escrevo 4 linhas de desabafo. É o suficiente para uma chuva de insultos. O outro lado em geral só tolera absurdos vindo de seus próprios adeptos. E cobram, dão aulas, donos da verdade que são. E são os que clamam por democracia, com o poder na mão de quem tem passado terrosista. O conceito de democracia muito me incomoda. A "maioria" quando fica tão perto de sua própria definição abre portas para questionamento. Mas o questionamento não é permitido, As pessoas automaticamente assumem a posição de proprietárias da verdade absoluta e ensurdecem e cegam. Ficam surdas aos argumentos e cegas aos fatos, E cobram, Cobram que concordemos com elas, demonstando com dicionário, citações e manipulações a fio. Tudo isso me enoja, e por isso fiquei fora o tempo todo. No entanto, me achei também no direito de abrir a boca quando me deu na telha. E fechar de novo depois, tamanha a saraivada de demonstração de intolerância, esses que sempre a pregaram, e hoje só a querem se for para suas bandalheiras. Bem, o desabafo foi esse, neste espaço que é só meu, aqui mando eu, se alguém fizer algum comentário ofensivo eu deleto, se alguém discordar vá discordar na sua casa, eu sou mesmo intolerante com isso, aquilo e o o que mais me der vontade, sou anti-estrela vermelha sim, e daí? Eu sou contra o que eu quiser. Isso não me impede de ter amigos com posições diferentes, ninguém tem 100% de coisas em comum, e é justamente isso que enriquece amizades e relacionamentos em geral - o aprendizado da convivência com o diferente. Mas isso não me tira o direito de também dizer o que eu quiser na hora que eu bem entender. Dois pesos, duas medidas, pensem o que quiserem falem o que quiserem, eu também me enchi e também vou falar e censurar o que eu achar que devo. Me chamem de mimada, elite branca, ignorante em história, reacionária (mas antes de dizer isso por favor, considerem a informação de que reacionário é quem quer manter o status quo, e o que eu menos quero é esse presente status quo imbecil), machista, acomodada, alienada (esse é elogio, agradecida), ou alguns nomes menos bonitos. Agradeço penhorada e nem vou dormir ä noite por isso. Só que não.
Um comentário:
pqp, nem me digas nada, credo...
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