domingo, 26 de fevereiro de 2012

Doce, doce, doce



A ironia surge quando menos se espera.

Hoje que eu nem saí armada para a vingança, ela cai no meu colo.

E dessa vez ela foi doce, muito doce.

O que me faz pensar what the hell am I doing?

À luz do dia é melhor repensar tudo isso.

Ou não. Só sentir o gosto doce mesmo.


Update para este post: sweet, very sweet indeed.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

for the previous ones who were worth it, for the skeletons in the closet, for the wannabes, for the could have been ones, and for my the one here and now.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Epifania


As epifanias sempre me visitaram ao longo da minha vida e estou passando por outra, como sempre, é doloroso, mas esclarecedor, é como encarar o sol de frente. Por quê elas acontecem e como, acho que ninguém sabe, senão se pudéssemos controlar o mecanismo a vida perderia toda a graça porque saberíamos tudo. O que eu noto é que elas vêem se manifestando devagar, um dia você pensa - o que é que eu estou fazendo? No outro você diz - Por que eu aceitei isso, por que eu reagi assim, etc. E uma ficha caindo atrás da outra cumula na prosaica lâmpada acendendo em cima da cabeça.

As epifanias em geral são perigosas, pelo seu caráter inerentemente provocador de mudança. Sim, por que de que adiantam as epifanias se não for para fazer alguma coisa com elas?

Esta minha atual vem de muito cansaço acumulado, um cansaço atávico que eu tenho de viver. Às vezes eu tenho muita, muita preguiça de acordar, pôr a máscara do dia e ir lá travar os embates. Mas não quero entrar nas razões filosóficas, religiosas e cosméticas porque fazemos isso, então simplesmente tem que ser feito e pronto. Não adianta fazer bico. Get up, get dressed and get going.

Este meu cansaço vem de coisas com as quais eu já deveria ter aprendido a lidar. Não se pode ter expectativas em relação aos outros. As coisas mudam, o tempo todo. Quase nada é o que parece ser. Não há surpresa mais dolorosa do que o "I dont care" de quem amamos de coração. O mundo não vai acabar, portanto temos que continuar lidando com ele assim mesmo. Nossos esqueletos pulam do armário por algum motivo que não adianta ignorar.

E eu nunca sei se é hora de tentar de novo ou pôr um ponto final.

Essa minha epifania desta vez está bem mais ou menos, porque solução aqui não vejo nenhuma.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A doce frustração


E então que eu saí com a faca na boca para a vingança. Porém eu escolhi o lugar errado. Eu fui a um lugar o qual já frequentei outras vezes e já falei aqui a respeito, mas hoje além do que já foi dito foi mais especial ainda.

Onde eu entrei a dor era maior que a minha, mas mesmo assim trata-se de um ninho gigante onde depois que se vai uma vez fica difícil não querer voltar. Os intervalos precisam ser longos, porque algumas coisas não são deste mundo e isso já aprendi.

Não há luzes fortes, quando as meias-luzes se apagam para os peixes dormirem, as velas são acesas ao pé das taças de pés altos e azuis. Fala-se muito baixinho e a comida alimenta a alma.

As pessoas se revelam e nos surpreendem, mas ainda há salvação para o mundo. A surpresa não foi tão grande mas há muito tempo eu não sentia a sensação do jeito que senti hoje. Devagar, à meia-luz, à meia-voz com música suave ao fundo.

A vingança era para ser amarga, Mas não foi nem doce. Porque nem foi vingança. A tentativa acabou se revelando doce, sim, mas não por vingança, por pura doçura de alma mesmo.

Hoje eu durmo de coração e alma suaves. Eu já nem me lembrava de como era isso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Não, o prato não é frio


A vingança é a pior viagem. Não muda nada na dor que a gente sente. É mesquinha, insidiosa, inútil na maioria das vezes. Mas no entremeio da batalha quando eu não sei se volto a ela ou fujo para os navios e peço a Poseidon que me leve para casa, é ela que me instiga. Ela joga no meu colo a oportunidade. E apesar de eu ter total consciência da pequenez da vingança ela se torna absoluta e totalmente necessária neste momento. Talvez doa mais em mim. Mas eu já sabia que não sairia impune de viver mesmo.