sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ney



Vou começar lamentando porque nossos grandes artistas têm um acúmulo de anos de vida. Não porque são velhos, porque artista não fica velho, mas porque, pela ordem natural das coisas, são menos anos que temos para aproveitá-los.

Ney tem 72, como ele contou aqui, entre outras coisas, nessa entrevista muito boa em que ele é quem é, como sempre. E é uma das unanimidades nacionais que também faço questão de pegar a estrada, atravessar o rio a nado, pisar na lama, escalar a montanha, para ir ver. Não sei como passei tantos anos da minha vida perdendo a oportunidade de vê-lo ao vivo.

Ney é unanimidade em todos os sentidos. Depois de uma fase sóbria, em que mostrou um lado que nós, que o conhecemos nos tempos de Secos e Molhados, estranhamos, hoje ele está de volta em todo seu esplendor. Mas o esplendor, o carisma vai além do que se vê. Eu tinha que fazer uma obervação além do óbvio de que ele é maravilhoso, sensacional, esplendoroso, blábláblá (tudo verdade).

Em um recinto onde a maioria esmagadora era de mulheres - diga-se, enlouquecidas ao ponto de erguer cartazes declarando amor e pedindo abraços, vi pouquíssimos homossexuais homens - pelo menos nenhum casal, muitos casais hetero, pouca gente abaixo de 30 anos (nem têm ideia do que estão perdendo, perdoai-os senhor, não sabem o que fazem) e - surpresa - muitos, muitos heteros homens. Claro que de olhar não sei com certeza a preferência sexual de ninguém, mas em geral homens acompanhados de mulheres são heteros e alguns outros com determinados comportamentos denunciam a "heterozice".

Mas o que eu quero dizer é: todo mundo sabe há eras geológicas a opção do Ney. No entanto, ele rebola. E aí não importa se você nasceu homem, mulher, se você decidiu optar por uma vida sexual assim ou assado, todo mundo vai à loucura. Obviamente ouve-se mais os gritos das mulheres, primeiro, porque estamos em maioria quase sempre, segundo porque gritamos mais alto, estamos habituadas a ter que fazer isso para sobreviver, então fazemos isso para o prazer também. Mas os homens gritam. Eu fiquei bege. Eles ficam tão ouriçados como nós. E depois saem falando grosso.

Pessoas, Ney é tão, mas tão bom que está acima do medo dos homens hetero de parecerem gays. Isso é que é ser artista. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Odiar, detestar. não gostar



Me peguei odiando coisas esta semana como nunca. Falei inúmeras vezes odeio isso e odeio aquilo. O mau-humor andava calmo, então notei que é uma característica minha essa de odiar coisas e pessoas que nem nunca vi. Comecei com cantores. Em comentários com amiga, odiei o Tim Maia (um chato), a Elis Regina (a exagerada), a Maria Gadu, que se não fosse apadrinhada pelo Caetano (onde estava a cabeça dele?) eu esfregava a cara dela no chão pra ver se a arrogância dispersava, e bem, como em termos de música eu parei nos anos 80 e depois comecei a odiar todo mundo com raras exceções e sobreviventes, os atuais gritadores jovens internacionais dos quais já ouvi o nome e vi a cara, não odeio porque não dá, só consigo rir, de Justin Bieber, aquela que saiu em 13425678 fotos com a língua de fora mas não lembro o nome, aquela negra escandalosamente linda que apanha do marido, etc. Note-se aqui que não há nenhum preconceito, eu odeio pessoas das mais variadas raças, classes sociais, cores, comprimentos de cabelo e de unha, preferência sexual, aliás, note-se que acho que não odeio nenhum gay, porque eles são muito mais fáceis de amar, amigos leais que são. Me recuso a discutir funk e pagode, que não reconheço como música, obrigada.

E as comidas? Camarão? Lagosta? Aquelas patas e olhos? E todo o resto gosmento que sai do mar? Só gosto de peixe. Eu fui uma comedora compulsiva de lixo, coisas gosmentas pingando, óleo grudado no papel, manchas de condimento pingando na roupa, rótulos com índices de gordura obscenos. Daí meu colesterol me obrigou muito a contragosto a adotar uma alimentação mais saudável e eu fiquei mais chata ainda. Ainda bem que disfarço maravilhosamente bem e finjo que como e bebo com outras pessoas. Mas se eu  sentir cheiro de maracujá seja lá na forma que for caio dormindo. Odeio cair dormindo quando mais quero prestar atenção em alguma coisa.

Odeio que tentem me fazer de boba. Que desrespeitem meu trabalho. Que me desrespeitem porque sou mulher. Que questionem minhas escolhas. Odeio que me dêem ordens (esse é o pior erro EVER). Odeio fala mansa com um punhal escondido. Odeio mentira, falsidade, sorriso amarelo. Odeio quem se vinga, quem se acha superior, quem só reclama da vida.

Daí que concluí que odiar gasta energia demais. Odiar consome, os odiados não estão nem aó pro nosso ódio, os de longe e os de perto, então tem coisas que detesto.

Detesto com todas as forças política, políticagem, tudo que está relacionado a isso, partidos, corrupção e a palhaçada toda que é o país (odeio palhaços, tenho medo deles). Detesto o que se faz com o nosso dinheiro tão difícil de ganhar e não detesto os que votam errado por ignorância, mas por opção de quererem ser ingênuos e acreditarem que não estão vendo o que está acontecendo. Detesto todos os políticos, com exceção do FHC que é meu ídolo-mor, salve, salve, mas porque não gosto do político, mas admiro o intelectual, então dane-se o mundo, FHC é meu ídolo, não me interessa se fez alguma canalhice enquanto governava.

Detesto às vezes ter que sentar e chorar porque nada mais me resta a fazer, detesto ver pessoas que amo partindo, detesto mimimi exagerado, mas respeito o sofrimento alheio, assim como o meu mesmo. Eu me permito chorar e não detesto isso. O que eu detesto é ter que chorar porque as lágrimas têm vida própria e choram na hora errada e onde não deveriam. Eu detesto que minha filha sofra e detesto muito quem a faça sofrer, eu viro leoa na hora e literal e animalescamente parto pra cima com ódio (aqui é ódio mesmo).

Detesto natal, ano novo, papai noel, páscoa, o calendário gregoriano, todas as comemorações dele que são imposições para que a gente saia do nosso eixo. E funciona muito bem. Detesto comprar presentes em datas determinadas, comparecer a cerimônias, fazer de conta, sorrir e acenar, ser hipócrita porque vivo em sociedade e meus pais me deram educação. Por isso na primeira oportunidade solto meus monstros do porão e deixo que eles andem pela casa, porque assim, quando eles precisam sair (e precisam mesmo) o estrago não é tão grande.

Ocorre que aprendi que não precisamos lutar todas as batalhas, podemos escolher, então quero adotar o "não gosto", que é um tanto libertador e não tira a ênfase de nada, apenas é mais calmo, mais sabedor, mais vivido e mais pronto para mudar as coisas para "gosto".

Não gosto mesmo é de ver as injustiças de todos os quilates que são cometidas em grande e em pequena escala no mundo todo, desde matanças em países do outro lado do oceano até o roubo do pobre velhinho que foi buscar sua aposentadoria e foi enganado na fila do banco. Não gosto de mulheres e gays espancados porque gênero e sexo são coisas sagradas e divinas, não motivo de bandalheiras. Não gosto de crianças famintas morrendo aos magotes a cada minuto e fotógrafos tirando fotos delas. Não gosto da geração que passa a vida dentro da tela do telefone e quando acordar vai ter perdido o melhor dos anos que passamos fazendo amigos para a vida toda. Não gosto de quem diz - os homens são todos iguais, ou - as mulheres são complicadas. Somos únicos, especiais, esses clichês só criam mágoas onde deveria existir sementes de amor. Aliás não gosto de clichês mas uso-os o tempo todo, mas não sei escrever mesmo, então não faz diferença. Não gosto de Paulo Coelho. Ele prestou um desfavor à literatura brasileira e à humanidade como um todo. Não posso conceber como Raul trabalhou com ele. Não gosto de religiões quando elas impõem qualquer coisa, seja arrancar a cabeça de alguém ou pagar o dízimo. Não gosto de frio, eu me encolho e tudo me dói. O céu cinza me deixa não gostando de mais coisas.

O que eu gosto mesmo é de me jogar na vida. Nem sempre eu tenho coragem. Mas quando não consigo não gosto.


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Aviso às navegantes



Esta história e diálogo são verídicos e publicados com autorização da protagonista, que a cada dia fica mais catatônica com as coisas que ouve e vê. Moça conhece moço. Tomam café, conversam, moça e moço são muito inteligentes e perspicazes, mas moço está tentando jogar umas bobagen só pra ver como moça reage, e moça se faz de morta, moço acredita que manipulou moça, a uma altura dessas moça quer sair correndo e gritando e praticamente faz isso enquanto moço, assim, no primeiro encontro de uma hora à beira da xícara de café, vestido com camiseta de manga longa no p*** calor de São Paulo, contando o quanto o filho dele de onze anos é praticamente o messias de tão maravilhoso e especial, obviamente, porque nasceu dele, praticamente D'us, de tão maravilhoso, especial, brilhante e - detalhe - lindo, solta o seguinte: eu sou para casar. Sim, ladies and gentlemen, no primeiro café o moço anuncia que está em busca de casamento, a moça então levanta-se e lembra-se que deixou algo no forno, não, não precisa me acompanhar até o carro, mas ele insiste, e nos dias seguintes liga desesperadamente, manda mensagens, sms, recados no skype, whatsapp, posts no facebook, todos os recursos possíveis nas malditas traquitanas tecnológicas que tanto facilitam nossa vida como a desgraçam, e um dia, a moça incauta responde no facebook para dar fim à palhaçada toda, porque ela carrega uma culpa judaica-cristã que a impede de o mandar a lugares impublicáveis. Abaixo o diálogo ipsis litteris, entremeado de comentários meus, totalmente irrelevantes mas que não podem deixar de ser ditos, para esclarecimentos e pitacos.
NOTA: somente os nomes foram trocados por motivos óbvios de poupar as pessoas da vergonha própria e alheia.
NOTA 2: lembramos que não nouve NENHUM tipo de relacionamento, apenas UM café.
ELE: Ola Jane Doe
vc pode falar?
ELA: ola posso sim
ELE: tudo bem com vc?
ELA:tudo bem e voce?
ELE: bem tambem
como andam as coisas?
ELA: mais ou menos, esta é uma época muito ruim para o meu trabalho, o que me preocupa um pouco, e com o calor que tem feito não passo muito bem, tenho pressao muito baixa
ELE: sim, vc disse
tentei algumas vezes falar com vc, mas vc acabou nao dando retorno
desistiu de sair novamente?
ELA: parece que sim, eu não gosto muito de ser "testada" e foi assim que me senti com algumas coisas que vc disse e algumas manobras que admitiu ter feito para ver como eu reagiria. desculpe a sinceridade mas sou mesmo muito honesta
ELE: nao entendi
seja clara
manobras????
Nao sei se desligou, ou caiu a conexão, mas vou ser claro tb
em TODOS os momentos percebi QUE VC NAO RELAXA, não ri, nao escreve rsrsrsrsrs, enfim
fica armada todo o tempo e pessoas tensas so conseguem estabelecer relações tensas, ponto final. Nao combinamos, alias, com quem vc combina? [obs. no. 1: com muuuuuuuuuuuuuuita gente, moço]
errei a digitação de seu nome [obs. no. 2: sim, ele trocou o nome dela em uma ocasião e disse que errou a digitação; ela por acaso odeia isso, por que será?] e vc se armou e eu ainda em tom de brincadeira e rindo escrevi que sabia seu nome, lembra? [obs. no. 3: ah que engraçado]
era motivo pra se armar novamente [obs. no. 4: aparentemente ela é dona de um arsenal de armas]
portanto, quando se conectar, reflita sobre o que eu escrevi, porque tambem sou objetivo e seguro [autoelogio no. 1 e 2]
tentei, juro, estabelecer uma conexão com vc, mas é bem complicado
Fique bem.
ELA: foi um problema com a minha conexao, nao foi proposital
ELE: entendo
sem problemas
lamento nao ter sido dócil e flexivel
uma pena mesmo, porque te achei uma pessoa bem interessante, a principio
ELA: não, absolutamente, voce lamenta que EU nao fui dócil e flexível [obs. no. 5: ela não é mesmo, está mais para trator, mas só quando não gosta da companhia]
mas desculpe, nao sou assim mesmo
ELE: faltou a conexão [obs. no. 6: a ula altura dessas, ela já não sabia se ele falava da conexão dela que tinha caído e ele tinha ficado puto ou da conexão de almas que não aconteceu mesmo]
ELA: e acho que é isso que vc procura
ELE: vc sugeriu manobras? que diabos sé isso? [obs. no. 7: começando a perder a compostura]
ELA: e acho que tem todo direito
ELE: nao sou ardiloso
é isso O QUE? [obs. no. 8: continuando a perder a compostura]
seja clara
todo o direito A QUE???? [obs. no. 9: a compostura se esvaindo pelo ralo]
que papo maluco [obs. no. 10: fim total da compostura]
ELA: nao vamos discutir, nao é preciso, e nao vai levar a nada [obs. no. 11: ela já ta tão de saco cheio mas ainda quer ser educada (culpa judaico-cristã)
ELE: todo o tempo te procurei e nao entedi NADA
dessa conversa
RELAXE E SEJA FELIZ [obs. no.11: a conversa não tinha terminado?]
ELA: ok entao melhor termina-la por aqui [obs. no. 12: vide obs. no. 11]
ELE: entao seja clara do que viu e eu explico, SIMPLES ASSIM
que tal?
achei um absurdo este comentario
fui gentil [autoelogio no. 3]
educado [autoelogio no. 4]
e tranquilo [autoelogio no. 5]
em NENHUM MOMENTO vi nada errado em vc, exceto esse jeitinho durinho [obs. no. 13: cadê as dóceis e meigas???]
afff
DEIXA PRA LÁ,,
nao tenho interesse [obs. no. 14: imagina se tivesse, já estaria rolando uma ordem de restrição]
ELA: eu nao disse nada ao contrario, mas esse é o meu jeito e obviamente vc procura alguem mais docil
ELE: siim,claro [obs. no. 15: vá a uma doceria]
ELA: sim, é isso, vc nao tem interesse em alguem como eu [obs. no. 16: ou seja, larga do meu pé]
ELE: gostaria de se relacionar com seu espelho? [obs. no. 17: não, tem outros interessados mais interessantes que o espelho, e ??? que pergunta é essa, pqp???]
seja honesta
ELA: entao ok, nao precisa se exaltar [obs. no. 18: a conversa não tinha acabado?]
ELE: nao me exalei, eu exaltado sou bem diferente [obs. no.19: ui que medo]
eu estou muito satisfeita com o meu jeito de ser 
ELE: EXALTEI
certo
TUDO CERTO
vc ficou brava quando SIMPLESMENTE eu digitei seu nome errado [obs. no. 20: ah sim, o problema todo foi esse]
dai eu saquei [obs. no. 21: sacou o que, cara pálida? não tá parecendo]
vamos encerrar, [obs. no. 22: o que é que ela está dizendo desde o início?]
nao nos leva a nada
ELA: entao pra que essa discussao
ELE: vc quem foi incisiva e dura de graça
eu nao sou assim
sou docil, razoavel sim [autoelogio nos. 6 e 7]
ELA: exatamente o que eu disse a principio
ELE: e pra se ajustar uma relação os dois tem de se adapatr
simples assim
uam pena mesmo, Jane Doe
de verdade, vc pareceu uma pessoa seria [obs. no. 23: te enganou!!!!]
que valeria a pena ver de novo [obs. no. 24: isso é novela repetida na globo]
ELA: mas como eu disse, eu nao sou assim, entao é uma pena, mas nao sou o que vc procura, o que nao significa que nao seja seria
so nao tenho uma caracteristica que nao te agrada
ELE: quem disse que vc nao é seria?
sei que é, nao misture as coisas
SERIA ATE DEMAIS [obs. no. 25: é pra ser séria ou não?]
ELA: vc disse que eu "parecia"
ELE: ta vendo, ao pé da letra
nao quis dizer o contrario
somos adltos inteligentes e bonitos [autoelogios nos. 8 e 9 - ops, aqui ela foi incluída]
sem modestia tola [obs no. 26: já se havia notado que isso não existia]
e absolutamente compativeis, penso eu [obs. no. 27: aparentemente só você; porque ela e a torcida do corinthians, não]
ELA: olha, eu vou encerrar aqui antes que nos ofendamos sem necessidade. boa sorte para voce, com certeza é merecedor. [obs. no. 28: pelamor, vamos parar com essa palhaçada]
ELE: seria muito legal colocarmos as cartas na mesa e fazermos os ajustes, nao sou intolerante [obs. no. 29: QUE ajustes? não há nada pra ajustar foi só UM CAFÉ não um noivado; e autoelogio no. 10]
É UMA PROVA QUE DÁ PRA DIALOGAR
nao estou e ofendendo
pare com isso
que bobeira sem graça
DESCONEXO
sustento meus argumentos, simples assim, e nao sou vulgar [autoelogio no. 11]
eu ainda te procurei hoje, tentando conversar e saber o que houve
vc nao aliviou EM NENHUM MOMENTO
acha que dá pra conviver assim? [obs. no. 30: conviver como meu??? quem conviveu com quem? e quem quer conviver com você???]
seja sincera com vc mesma
pra mim, ja nao faz mais diferença
FIQUE BEM
Fim da conversa no bate-papo [amém.]


Conclusões:
1- Onde estão as mulheres que querem se casar, por favor apresentem-se. Porque elas reclamam que eles não querem e eles ficam furiosos quando elas dizem que não querem.
2- Os homens mantêm espelhos em casa? E não só os físicos, mas também os de noção, e isso são perguntas. Mais uma: mulheres, maneirem nos elogios, eu sei que isso pode parecer machista, mas acho que estamos estragando os homens com excesso de elogio, vejam no que dá.
3- Café significa muitas coisas; é o que nos mantém acordadas, o que nos ajuda a trabalhar, o que nos ajuda na ressaca. Tomar café com alguém é um dos maiores prazeres da vida. Mas NÃO é um relacionamento.
4- Culpa is a bitch. Todo mundo precisa aprender a mandar as coisas e as pessoas que incomodam para lugares impublicáveis antes que elas incomodem mais.
5- O cromossomo Y é a desgraça da humanidade em geral, mas precisamos dele para fins reprodutivos e de lazer, por isso ainda não os extinguimos de vez.
6- A observação acima é pura provocação, existem cromossomos Y fofíssimos, maravilhosos, e que fazem a alegria das mulheres. É só saber peneirar.