domingo, 11 de março de 2012



I have just received this as a gift. I couldn't be more moved. Thank you.



So here we stand
In our secret place
With a sound of the crowd so far away
And you take my hand
And it feels like home
We both understand it's where we belong
So how do I say, do I say goodbye?
We both have our dreams
We both wanna fly
So lets take tonight
To carry us through
The lonely times
I'll always look back
As I walk away
This memory will last for eternity
And all of our tears
Will be lost in the rain
When I've found my way back to your arms again
But until that day
You know you are
The queen of my heart
Queen of my heart
So lets take tonight
And never let go
While dancing we'll kiss
Like there's no tomorrow
As the stars sparkle down
Like a diamond ring
I'll treasure this moment till we meet again
But no matter how far (matter how far)
Or where you may be (where you may be)
I just close my eyes and you're in my dreams
And there you will be
Untill we meet
Oh yeah...
You're the queen of my heart... (queen of my heart...)
No matter how many years it takes... (queen of my heart...)
I'll give it all to you...
Oh yeah... (queen of my heart...) oh yes you are...
The queen of my heart

sábado, 10 de março de 2012

40


As coisas têm o significado que atribuímos a elas, não há verdades absolutas e definições definitivas. Por isso cada um tem o direito (nem sempre e nem em todo lugar) de acreditar naquilo que quer. Eu sou uma pessoa de ciências humanas, mas os números sempre me chamaram a atenção, me aprofundei um pouco em Pitágoras e achei fascinante, porém minha mente não foi construída para isso e meu entendimento é bem limitado, e acho que estou perdendo muita coisa, mas não se pode ter tudo.

Longe da ciência muito se fala de numerologia, do que eu entendo menos ainda, tenho umas vagas noções vindas de leituras por mera curiosidade (eu quero saber tudo, quase tudo me interessa).

E um número especificamente tem um significado muito ligado à religião, e em plena quaresma, venho aqui falar do número 40. Moisés ficou 40 dias e noites no Monte Sinai para receber a Torah. O povo escolhido (não vou discutir quem escolheu ou quem se achou preterido) passou 40 anos no deserto a caminho da Terra Prometida. O dilúvio durou 40 dias. Jesus por sua vez passou 40 dias no deserto sendo tentado por ___ (preencha aqui o nome que você gosta de dar a ele, minhas opiniões a respeito dele são controversas) e depois da ressurreição esteve na Terra por 40 dias. Essas são as familiares para mim, tenho certeza que outras crenças devem ter seus números 40, que por sinal creio que está presente em medidas templárias da maçonaria, maçons me corrijam se eu estiver falando bobagem, afinal sou mulher não posso ser maçom [:-)].

E os bebês né? 40 dias para se transformarem em feto e quarenta semanas para nascerem. No caso do sexo masculino, 40 anos para amadurecerem (na melhor das hipóteses), mas isso é só uma gracinha.

Enfim, quis discutir comigo mesma todos esses 40 (e eles estão fervilhando no meu cérebro que está em overcapacity por sinal, porque tudo resolveu acontecer ao mesmo tempo) porque vou ter eu mesma um período de 40 dias. De que? Sei lá, ainda não consegui entender muito bem. Vai ser um período longe de casa, de filha, de família, de trabalho, de rotina. Sozinha? Não, o que adiciona todos os complicadores possíveis. Mas serão 40 dias tão marcantes quanto todos os outros aí de cima. Como sempre não estou preparada mas me jogo mesmo assim.

Vou ali fazer as malas. Que minha quarentena seja minha purificação, porque com certeza alguma coisa me contaminou.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Observações óbvias que poderiam ter poupado muito drama


Ontem eu tive um dia de felicidade tão intensa que nem consegui ter fôlego para descrever. Ao meu modo, claro, porque a minha felicidade não é contemplativa, ela é escandalosa, exagerada, pula por todos os poros e faisca nos olhos. Não aconteceu nada  espantoso, arrebatador, extraordinário, fascinante (chega de adjetivos). Não, foi só a vida tomando seu rumo mesmo. O que foi espantoso, arrebatador, extraordinário e fascinante foi finalmente notar que ao seu tempo a vida toma seu rumo. Isso existe, apesar de em alguns momentos a gente ter a sensação que os trilhos foram tirados do caminho. E dia a dia vou descobrindo a fórmula. E em alguns momentos eu não descubro, ela se revela, e as sementes plantadas lá atrás despertam.

Talvez a arrebatadora lua cheia de ontem tenha tido participação.

Mesmo que às vezes não pareça, temos momentos em que finalmente aceitamos que Viver é Possível.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Aliquando et insanire iucundum est - Seneca


Restlessness is discontent and discontent is the first necessity of progress.
Show me a thoroughly satisfied man and I will show you a failure.
Thomas Edison



Eu venho querendo escrever há muito tempo. Mas os acontecimentos estão me atropelando. Quando eu penso em refletir sobre alguma coisa, mais oito fichas caíram na minha cabeça. Vai ver o mundo vai mesmo acabar em 2012, ou vou ser abduzida, e já cheguei dramaticamente a pensar que devo estar à beira da morte, porque tudo está acontecendo ao mesmo tempo agora.

As partes práticas, materiais da vida começaram a tomar rumos que se apresentam para mim como encruzilhadas com 10 opções de caminho, todas boas. Isso obviamente não é uma reclamação mas a minha mente de ciências humanas demora a se acostumar com isso e tende a querer filosofar o que é pura matemática. Ainda bem que tenho boa assessoria de todos os lados, até para isso.

E os esqueletos do armário? Meu Deus, em dois meses surgiram todos os que estavam lá e que eu sabia, os que eu não lembrava, os que eu não sabia e alguns que devem ter se esgueirado recentemente porque eu nunca imaginaria.

A minha vida sentimental é o caos total, sempre foi, e quando não foi quase morri de inanição por falta de emoção. O que não está faltando agora é emoção, que até está precisando ser devidamente domada com um remediozinho inocente para eu não despirocar de vez. Mas o fato é que amadureci. E o outro fato é que a gente pede as coisas e não tem idéia de que elas vem mesmo, e quando caem no colo da gente é aquela expressão de abobalhada.

A rotina é difícil, filha adolescente é um maravilhamento que às vezes irrita (na maior parte do tempo), a minha cabeça não colabora e produz problemas e dramas onde eles não existem (para tudo), e eu absolutamente sei mas mesmo assim mato um leão por dia tentando domar os cavalos desgovernados que correm dentro do meu cérebro derrubando a pouca sanidade que me resta.

Há alguns anos eu nem imaginava que teria a vida que tenho hoje. Como a de todo mundo, é louca, complicada, difícil de administrar, quem tem uma vida diferente, perfeita? Mas eu achava que tinha, e não entendia porque era tão infeliz. A vida perfeita e sem problemas é a vida infeliz. Porque nós fomos feitos para procurar, fuçar, fomos feitos para viver. Mas eu tive coragem e pulei. Já quebrei todos os ossos emocionais possíveis, mas sobrevivi. E agora parece que vem a calmaria. Mas a minha calmaria não é calma. Calmaria para mim é quando estou vivendo tão intensamente que sinto fisicamente a palpitação do universo.

Viver de verdade é não ter sossego. Demorei tanto a descobrir isso, que me seja permitido nunca querer sossegar.