segunda-feira, 16 de março de 2015

É assim.

A vida é inexorável. Não dá bola pra nada, pra ninguém, não importa em que estado anda nossa alma, quantos mortos na explosão, quem nasceu morto ou morreu em vida, quantas obras-primas tenham sido escritas, pintadas, esculpidas; não interessa quem ganhou a eleição ou quem perdeu o jogo, seja ele qual for; quem conquistou o objetivo ou afundou proveniente dos píncaros; não interessa cor, renda, posição social, raça, religião, crença, cor preferida; quem ganhou o Nobel ou quem foi o maior de todos os vilões da História, conflitos locais ou incidentes internacionais. A vida não dá a mínima, ela não é territorial, preconceituosa, elitista, populista, ela não está nem aí, a gente se rasga e outro dia nasce, e a noite vem de novo e a única certeza que a vida dá é que um dia se vai, e ainda assim somos marionetes ignorantes de sua vontade, ainda assim ficamos na dúvida entre deixar ir e esperar voltar, mesmo assim afundamos ainda mais os dedos nas feridas até o sol se pôr.



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