segunda-feira, 14 de março de 2011
Mediante as últimas catátrofes climáticas mundiais obviamente nossos dramas pessoais acabam ficando insignificantes, mas eu sigo reclamando para não perder o costume.
O dilema entre ser ou não mulherzinha me assedia 24x7. A definição de mulherzinha vai obviamente variar em grau e conceito, mas para mim qualquer coisa muito cor-de-rosa ou com assuntos que envolvam cabelos, crianças, homens e cozinha, não necessariamente nessa ordem e sem necessariamente envolvimentos uns com os outros, é coisa de mulherzinha.
É impossível fugir, eu vivo fazendo coisa de mulherzinha, nem é essa a minha pretensão. O que eu me pergunto é se mulherzinhas suportam - ou até gostam - de trogloditas. Ou se isso é per se parte da definição de mulherzinha, a frágil.
Muito já foi feito, hoje fazemos coisas que há alguns anos seriam inimagináveis para as mulheres, em alguns aspectos ganhamos, em outros perdemos muito. Mas será que as diferenças não clamam por explicação?
As mais afoitas defensoras da condição feminina me crucificariam se eu dissesse que um troglodita vai muito bem em algumas ocasiões. Observe-se o "algumas ocasiões". Ninguém gosta de homem mal-educado, estúpido, ignorante. Mas essa não é a definição de troglodita? Depende. Alguns sabem a hora de serem pré-históricos.
Difícil é conviver com eles e saber quando o limite está prestes a ser ultrapassado. É uma montanha-russa o tempo todo. As borboletas moram no estômago e se manifestam a todo minuto. Por outro lado, homem delicado demais é uma chatice. Homem "bonzinho" então, não tem coisa mais desanimadora. Educação pode ser mantida em momentos em que a delicadeza não cabe.
Mesmo porque o próprio arrebatamento tem em si uma delicadeza implícita, disfarçada. Aquele que vem armado com o tacape espreita a presa antes de atacar. Ele usa palavras ásperas, modos ríspidos, ele não pede - dá ordem. Mas ali dentro todas sabemos o que existe. É só ler nas entrelinhas. Ou entre os grunhidos.
Os brutos também amam. E é muito, muito divertido.
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