domingo, 1 de maio de 2011



Ainda me falta tanto, meu Deus. Quando eu penso que estou entrando no caminho onde a dor é menor, eu olho em volta e vejo a mesma paisagem, o mesmo disco se repete na minha cabeça, as mesmas palavras saem da minha boca, a mesma tristeza invade o meu coração, a raiva ainda mora em um lugar tão familiar, o meio de mim sente os mesmos golpes, as mesmas punhaladas, on, and on and on, e vou ainda semeando lá fora o que me incomoda tanto aqui dentro, criando mais do mesmo, por que, por que é tão difícil sonhar, ignorar o medo de uma dor maior, que pode afinal nem vir, para que as garantias que em última análise sabemos que não valem nada, por que eu guardo a inteligência na gaveta quando mais preciso dela, por que ainda mantenho o barco ancorado quando o meu desejo é me fazer ao mar, por que eu calo quando há tanto a dizer...

Não tenho as respostas, mas sigo perguntando, eu sei que um dia vou acordar pela manhã e assim, out of nothing, elas vão cair em cima de mim.

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