sábado, 10 de setembro de 2011

Vista do sol


Essa imagem é em tempo real. A distância física é real. A vista é de tirar o fôlego. Olhar o planeta assim e imaginar que estamos ali em um dos pontinhos de luz é surreal. A imensidão do planeta é relativa - quando se olha de baixo para cima é imenso, de fora para dentro é minúsculo. Quando outros olhos olham nossas mazelas, outras luzes se acendem, especialmente se forem olhos cheios de luz. O oceano parece incomensurável, mas de fato não o é, porque está contido na bolinha, claramente delimitado e finito. E no entanto alguns (poucos no contexto, muitos no coração) quilômetros parecem a explicação de Einstein para a teoria da relatividade. Anos de vida mal vividos parecem um tempo infinito perdido. Convivências de longos anos perdem para períodos curtos de intensidade. E os anos por vir parecem curtos ainda que se estendam, nunca será suficiente para a felicidade que está por vir. A paz. A tranquilidade. O silêncio da noite que calado anuncia que o planeta continua girando e daqui a pouco será sol de novo.

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