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O vórtice, aquele meu velho conhecido, me puxa de novo. São os resultados da explosão atômica se manifestando. Primeiro a gente não percebe o que aconteceu, depois os tentáculos insidiosos e radioativos vão nos envolvendo, hoje um pouco, amanhã mais ainda, em alguns momentos nos afastam, e quando vemos que longe dos tentáculos existe dor, então pronto, está feita a contaminação.
É o pé escorregando na beira da espiral que gira, gira, gira, hipnotizando, chamando, e mesmo sabendo e ao mesmo tempo não sabendo o que tem lá, o chamado é irresistível. Já escorreguei em outros vórtices antes, o que encontrei lá dentro foi bom e quando ficou ruim, sair de lá foi muito penoso. Mas cada vórtice é diferente dos outros. Nesse já sei que existem turbulências.
Mas. Qual é a outra opção? Ficar na beirada olhando e resistindo? E so what? Não, decididamente a beirada não é para mim. Here we go again.