segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Isto é a pura verdade. Mais ainda quando se trata de comportamento humano. Nós não conhecemos ninguém. Ninguém mesmo, pais, filhos, amigos, namorados, maridos e afins, colegas de trabalho, enfim, nem a nós mesmos. Quase nada do que parece realmente é o que parece, palavras servem para muita coisa, mas não para nos definir ou revelar dos outros para nós.

Eu posso dizer o que quiser. Algumas pessoas se convencem, outras não. As que acham que me conhecem são as mais fáceis de se enganarem. E desisti totalmente de conhecer alguém, não conheço nem minha filha que saiu de dentro de mim, e nem uma estranha que ainda mora aqui dentro e eu de vez em quando encontro por acaso e não sei o que fazer com as manifestações dela.

Disso concluo que sim, tudo o que é sólido se desmancha no ar. Então pra que a preocupação? Não vamos saber mesmo no que vai dar, amanhã podemos ter partido para outro mundo, outro país, pro céu, pro inferno, sabe-se lá. Dizemos o que queremos, ouvimos o que nos é conveniente, acredita quem quer no que for mais convincente. Ou não.

Eu não pretendo convencer ninguém. Muito menos a mim mesma. Aprendi a ficar aqui só sendo. E desfrutando do que tem me levado vida adentro.

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