quinta-feira, 11 de novembro de 2010


(Please meet Chronos the God of Time)


Pouquíssimas coisas estão verdadeiramente sob o nosso controle. Eu até me atreveria a dizer que praticamente nada. O mundo é pulsante, mesmo aquilo que aparentemente é estático e sem vida tem átomos em velocidade incrível se mexendo por dentro. E buracos enormes dentro deles, mas que não nos impedem de ter a ilusão de "real" e "palpável".

É difícil tentar ter o controle de tudo ou de pelo menos alguma coisa. Mas mais difícil ainda é finalmente digerir que isso não é possível. Às vezes parece que chegamos perto, e algumas pessoas acreditam que sim, que têm tudo sob controle. Essa crença é proporcional ao tamanho do tombo quando isso cai por terra.

Eu absolutamente não sei se amanhã vou estar bem. Aliás eu nem sei com certeza se vou estar viva. Com essa já aprendemos a lidar - ok, podemos morrer daqui a pouco, mas nem pensamos nessa possibilidade. Ou pelo menos lidamos bem com nossas conclusões, seja como for.

Mas vou estar bem? Estou bem agora? Vou viver na sombra ou escancarar as janelas? O que é futuro se nem sei do minuto a seguir? Viver hoje já não é mais opção, não há opção. Não viver hoje é a ilusão. A ansiedade que às vezes acelera meu coração não poderia ser mais inútil. Ao mesmo tempo, é bom que ela esteja lá. Ao ouvir o batimento acelerado me lembro constantemente que estou viva. E espero o próximo minuto.

Um comentário:

Suzi disse...

Trata de ficar viva pois to arquitetando com a Xu uma ida pra Sampa!
bejo