quarta-feira, 22 de dezembro de 2010



Contar o tempo parece ser mesmo uma forma de lidar com o eterno, com o que não é. Os dias são ilusões, as divisões e classificações só nos deixam menos embasbacados com o desenrolar do infindável. Mas pode ser divertido pôr coisas em caixinhas, a mente humana certamente precisa de pontos de referência.

E o melhor da festa definitivamente é esperar por ela. O mais emocionante é o caminho, não importa aonde queremos chegar, porque só o que existe é o caminho mesmo. Ele é o fim não os meios.

O fim de semana nestes nossos tempos é tão endeusado, supervalorizado, esperado, como se as coisas esperassem para acontecer. Eu que vivo em um mundo paralelo de contagem de tempo não me importo nem um pouco qual dia da semana convencionou-se dizer que é hoje. Todos os dias são possibilidades imensas abertas.

Da mesma maneira sou avessa aos rótulos, aos nomes, às definições. Não quero pôr na caixinha o que sinto. No entanto, às vezes a intensidade com que vivo faz as coisas transbordarem, por mais espaço que eu tenha para preencher com tudo o que eu busco.

Então, que seja sexta-feira.

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