terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar
Paralamas do Sucesso

Estar longe de casa cria uma outra realidade que acaba revelando outras pessoas dentro de nós, e conclusões às quais não chegaríamos se não estivéssemos fora de nosso habitat. As minhas foram:
  • eu tenho pavor de água mas o mar é fascinante;
  • eu não gosto de dizer nunca porque acho que é um tempo que não existe, mas hoje arriscaria dizer que viver junto com alguém de novo, cito o corvo - never more;
  • eu quero que a emancipação feminina f*, mas só quando tem alguém disponível para pôr o p* na mesa sempre que necessário;
  • os homens têm a fama de serem sexualmente insaciáveis, mas ainda não vi os que realmente dão conta quando a demanda é maior que a prevista;
  • todo homem - independente de idade, formação, origem, condição social, etc., tem um problema com a mãe que nunca vai ser resolvido;
  • quando acho que resolvi uma questão essencial na minha vida, pulam outras 45 não sei de onde;
  • o ciúme é um monstro verde totalmente irracional e devorador de insanidade, que pula dos recônditos do ser quando menos se espera;
  • este país não é nada parecido com o que se diz dele;
  • eu finjo que vivo fora da caixinha mas meus argumentos não duram três minutos de discussão;
  • fazer "a tolinha" é muito fácil, mantê-la é um porre;
  • é bom ter quem nos mostre as besteiras que fazemos, mas os limites existem e precisam ser gritados;
  • as coisas são o que são e o que vai mudar ninguém sabe, só não consigo resolver se dou vez à paciência ou se vou ali fazer outra coisa melhor;
  • a minha cabeça possui cenários trágicos inacreditáveis, ridículos e indescritíveis, principalmente na calada da noite, quando praticamente meio cérebro é destruído com tanta bobagem;
  • com muita frequência as coisas mais triviais que não conseguimos são aquelas cuja falta abre os maiores rombos no coração;
  • resolver uma montanha de carência acumulada com sexo parece uma solução bem fácil, mas a logística pode se revelar bastante complicada;
  • eu achava que a maturidade destruía as ilusões, mas percebi que só piora o tamanho do tombo quando - pela enésima vez - descobrimos que papai noel, dinossauro e príncipe encantado não existem mesmo;
  • eu cometo as mesmas sandices mil vezes e não me emendo;
  • eu vou continuar me espetando nos espinhos que estão na minha cara e pulando nos mesmos precipícios visíveis à luz do dia porque simplesmente não consigo viver só mais ou menos;
  • o drama ainda me arrasta, mesmo gritando e esperneando;
  • eu devia chorar mais;
  • nada é o que parece; aliás é tudo muito diferente;
  • e finalmente, eu não gosto da lentidão do Caetano, mas ele foi sábio - de perto ninguém é normal.

    E chegou a hora de ficar fora de outros lugares por vários dias.
  • Um comentário:

    Luci disse...

    veja bem, se eu soubesse de tudo, te contava, mas sei que não ia adiantar!
    eu amo caetano!