sábado, 8 de janeiro de 2011


* Esse é o Apollo na carruagem.

Eu já disse aqui como o brilhantismo de algumas pessoas me fascina. E vou falar de novo, e de novo fui inspirada pela mesma fonte que, por sinal, não é óbvia. Na verdade parece bem comum, mas quem tem olhos de ver percebe logo que não é. Porque o que parece comum pode tornar-se brilhante dependendo dos olhos - este aliás é o mecanismo de funcionamento de todos os adjetivos.

Uma palavra, a presença de espírito, a boa vontade, a disposição para se abrir para o que a vida oferece de bom, o riso fácil (dado e provocado - um homem que faz uma mulher rir é um homem muito inteligente). E um certo ar de ausência que denuncia que o brilhantismo está ocorrendo, alhures, mas transbordando e iluminando o entorno.

A alegria com seriedade, a descontração aliada à disciplina, aparente displicência que de repente, surge metamorfoseada em cuidado, interesse, naquilo que soa familiar, sorriso acolhedor, um telefonema "só pra dizer oi", que de repente é mais confortador que horas de conversa infrutífera, pesada, densa, desgastante, e que machuca. Isso é ser brilhante. E é um brilho impagável de mil sois.

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