domingo, 2 de janeiro de 2011
Eu tenho muitas amigas, boas amigas. Mas amigos homens são muito menos complicados e muito úteis. Esta semana, em uma conversa altamente filosófica e cultural com ele, em meio à habitual fofoca, e com base em um acontecimento recente, abordamos o delicado tema do "mulher gosta mesmo é de receber ordem".
Eu imediatamente concordei, porque acho que é fato. Este é o momento de tensão em que as independentes de plantão me jogam as pedras, as que morreram para a vida e para o sexo e tudo o mais que os homens oferecem de bom (lista curta em alguns casos) me jogam os paus (sem trocadilho, pela impossibilidade implícita), e as que se enganam me olham feio.
O fato é que, como eu disse durante a conversa edificante, para dar ordem o homem precisa de cacife. E não estou falando do cacife fácil, não, o do cartão de crédito, esse não me impressiona. Estou dizendo que o meu cérebro precisa ser convencido. E não é só o cérebro. E como os meus parâmetros são MUITO altos, para me dar ordem, precisa ser MUITO bom em tudo. Ou pode até tentar dar ordem, eu vou morrer de rir.
O fato é que essa coisa toda de independência aumentou muito a carga horária das mulheres que ancestralmente já viviam de agenda cheia. Algumas insistem em se auto-flagelar, dizem que têm mãozinhas para abrir a porta do carro e não precisam de quem lhes puxe a cadeira. Eu também tenho, também não preciso, não preciso de gentilezas e presentes em geral, mas, posso me dar a esse luxo, então, pobre de quem não pode escolher.
Aaahhhh então é isso, eu sou mandada por alguém que me compra! Eu morro de rir com essas coisas. O que fica nebuloso é o que é mandar e o que é dominar. Mandar em mim é difícil, me dominar, se for feito como se deve, é interessante. Quem me alcançar que tente. E o domínio (que parece um palavrão mas não é) pode se estender, abrir precedentes, possibilidades em outras áreas, fazendo tudo mais interessante ainda.
Todo mundo precisa às vezes de uma luz. Ninguém vive nem resolve tudo sozinho. Homens ou mulheres. E existem pessoas que estendem uma mão forte. E pode parecer uma ordem. Mas cada um estende a mão quando quer e como sabe. Aceita quem não quer ter razão sempre, quem sabe que a mão forte pertence a um conjunto firme o suficiente para sustentar sua fragilidade.
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