segunda-feira, 13 de junho de 2011



A emancipação feminina é um assunto que preencheu, preenche e não vai parar de preencher páginas e páginas de discussões, posicionamentos, palpites, bobagens e considerações sérias. A minha única qualificação para falar do assunto é o fato de eu ser mulher. De resto não sei nada, não analisei, não saio lutando pelos meus direitos, sou alienada até, não parei pra pensar. Mas acho que posso falar porque sinto na pele determinadas coisas relacionadas ao tema.

Se não fosse tão complicado de viver seria hilário de ouvir contar.

Os homens aparentemente, eu achava, dividiam-se nas opiniões a respeito da mulher independente (inclua-se aqui todos os adjetivos relacionados e associados). Eu pensava que havia dois tipos - os que continuavam nos anos cinquenta e ainda achavam que a mulher era objeto e second class citizens (inclua-se aqui também todos os outros clichês), e os que aceitaram até de bom grado a divisão dos fardos e achavam a mulher independente o máximo, inclusive procurando por uma.

Ao longo do tempo, obviamente eles foram se atrapalhando e tropeçando nos conceitos, seus cérebros em geral mais habituados a questões práticas foram entrando em colapso com questões emocionais, e a confusão geral que se estabeleceu todo mundo conhece.

Mas aonde eu quero chegar com tudo isso? Bem, hoje eu acho que as coisas estão mais claras, e os homens com as cabeças mais pensantes e mais arejadas (que são os que interessam, os atrasados que corram pra longe) parecem gostar mesmo é das mulheres atrevidas, ousadas, prontas para a experimentação e compartilhamento de experiências. Naturalmente entrei aqui no âmbito sexual, era aqui que eu queria chegar, depois dos preâmbulos devidos.

E então as que ficaram lá nos anos cinquenta, as que são pudicas, usam calcinha da vovó, são envergonhadas, estão cheias dessa história, tiveram maridos ou que tais incompetentes, desistiram, mudaram de time, estão ocupadas para tanto, seja por motivos profissionais, porque são mães extremadas ou simplesmente não estão a fim - essas todas são cobradas. Não que se importem, muitas não estão nem tomando conhecimento, mas outras ainda sentem o peso e querem se livrar dele. E o motivo aqui, eu diria, não é para satisfazer ninguém a não ser elas mesmas.

Isso tudo considerado, as que estavam atrasadas no quesito, quando bem orientadas e abordadas, acabam se interessando, gostando, querendo saber mais, experimentar mais, se jogar mesmo. Daí se informam, fazem cursos que até Deus duvida, morrem de rir nas conversas, deixam de lado inibição, limites, etc., enfim, vão ser felizes. E daí apresentam a nova e reformulada mulher ao interessado.

E daí o interessado sai correndo pra casinha.

Afinal acho que não entendemos nada, acabamos pendurando pedaços de carne no açougue.

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