domingo, 24 de julho de 2011

She said no, no, no


James Dean, Marilyn, Michael Jackson, Cazuza, entre tantos outros, live hard, die young. E agora Amy. Vinte e sete é muito pouco, ainda mais para uma voz dessas. Mas ela mesma já havia previsto, já tinha avisado que preferiria viver pouco a não poder viver como queria. A rehab foi sempre uma piada, she says no, no, no, entra, sai, entra de novo. A opinião geral é que Amy antes de Blake tinha tudo para dar certo. Foi Blake que "estragou" Amy. Será que isso é possível? Só de ouvir o que ela canta já dá para se dizer - quem nos estraga somos nós mesmos.

As escolhas. Dizer que alguém atrapalha nossas vidas é tão fácil, a responsabilidade passa adiante. Amy escolheu Blake na vida dela. A vida se tornou mais difícil? Se não fosse Blake seria outra coisa. Ela escolheu. É chocante para nós, nos incomoda, ver alguém tão jovem se auto-destruir. Mas por que? A quem incomoda? As mazelas são feias. Mas o que mais incomoda é ver a coragem de quem faz a escolha, ainda que seja a mais difícil. Auto-destruição, auto-mutilação, droga, álcool, entra e sai do rehab, a máscara que vai caindo, cada vez mais vai sumindo a moça com potencial de diva e aparecendo a escolha. A escolha feia que ninguém queria ver. Mas foi a escolha dela. E por mais que tenhamos que nos encaixar em leis, recomendações, estatutos, conveniências, no fim, a decisão é de cada um mesmo. Por mais feio que pareça a quem estiver olhando.

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