quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Play it again, Sam


É muito interessante como a reprodução varia entre as diferentes espécies e hemisférios do planeta. A fêmea do escorpião, por exemplo, pode vir a dispensar o macho. Uma espécie de formiga dispensa totalmente os meninos, de tão acostumadas que estão a viver e trabalhar sem eles, acabaram provavelmente concluindo que poderiam produzir formigas-bebês sem eles também. Algumas espécies de lagartos fazem um tipo de auto-clonagem, a mãe produz uma “mini-me” geneticamente igualzinha a ela. Imaginem, uma comunidade só de meninas, que menos complicado, uma coisa assim, amazona. Sem mencionar as abelhas, entre as quais os machos são assim quase como que um acidente, surgem de óvulos não fecundados. E o cavalo-marinho que fica grávido? E o pingüim que cuida do filhote enquanto mamãe vai pro mar? Mas e a dança do acasalamento? Penas, grunhidos, chifres, penugens, vôos, saltos, cantos, odores, chamados, tudo pela continuidade da vida. E tudo parece esquisito demais. Perto disso, nada é tão trabalhoso, como por exemplo, olho-no-olho, telefonemas, olhar para o outro lado, não telefonemas, mensagens de todos os tipos, SMS, e-mail, sinal de fumaça, respiro, cinema, teatro, dança, concerto, festa, jantar, almoço e café, um passo para a direita, falo, não falo, ligo, não ligo, insinuo, escondo, entro, pulo de uma vez, saio, um passo à frente, ponho o coração pela boca, espero batendo o pé de impaciência, um passo para a esquerda, saio de cena, butterflies in the stomach, e voilá, paro, soltando fogo pelos olhos. Ainda estou tentando acertar o passo. Alguém está ouvindo a música?

Um comentário:

Luci disse...

Laine, amei! bem muito!
vc. manda mais que bem.
bj