segunda-feira, 26 de julho de 2010




Venho lendo história do mundo, que muito me interessa, e talvez a perspectiva posterior seja mesmo o segredo de finalmente se entender o que está acontecendo. Olhar agora para trás é fácil, assim como toda profecia já realizada é muito simples de interpretar, é só encaixar o significado no que aconteceu e pronto - todo mundo fica embasbacado com o profeta.

Mas a questão não é essa. Estou lendo obras interessantes que não se atêm aos porquês, ou seja, aspectos que levaram fatos a ocorrerem, mas sim aos como eram, descrições de rotinas, e acabei tendo uma visão ampla como nunca tinha pensado. E é impressionante como nos habituamos ao que é bom e fácil, e ao ler sobre dificuldades cotidianas em tempos idos, até me espantei, mas é óbvio, nem sempre tivemos telefone, geladeira, esgoto, comida em abundância, etc.

E é claro que não pude deixar de extrapolar para a minha vida. Olhar para trás ainda não é uma perspectiva de milênios de história, mas acho que já cheguei a uma distância de onde posso ver bem claramente. E gosto de onde cheguei. Ver à frente seria muito útil para não desperdiçarmos tempo com dúvidas, mágoas, preocupações. Mas todo mundo sabe que tem que passar por isso de qualquer maneira.

Bom é chegar onde se diz - então era isso. Assim é o equilíbrio, a maturidade - o passar dos anos tem que ter alguma vantagem - e os anos foram gentis comigo. Estou aproveitando muito. Até querer saber se é só isso, daí começa tudo de novo. Ainda bem.

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